19 de setembro de 2012

Uma Lição de Atitude


   A caçada à ardilosa javalina (porco selvagem) no Arizona provia ao irmão Branham uma agradável mudança das pressões física e emocional das campanhas. Desde o começo em 1946, isto se tornou um evento que ele procuraria se apressar no início de cada primavera.
   Por vários anos, a caçada à javalina era de tal modo uma perseguição popular (e competitiva) ao redor de Tucson que uma loja local de materiais de caça oferecia uma recompensa para a pessoa que trouxesse o maior porco durante a temporada. A fim de ser convincente para a recompensa, o caçador teria que trazer sua caça à loja para ser pesado e registrado. A recompensa, uma espingarda Winchester, era premiada no último dia e na última hora da temporada de caça.
   Num determinado ano, o irmão Branham e dois amigos próximos estavam caçando perto da fronteira do México, 30 milhas ou algo assim ao sul de Tucson. Era o último dia de uma temporada que havia, e até aí, sem sucesso. A noite estava se aproximando quando de repente o irmão Branham localizou uma enorme javalina, e dentro de segundos a presa foi sua. Os três caçadores experimentados estavam espantados com o tamanho do animal, um dos maiores que eles já tinham visto, e eles rapidamente decidiram que tentariam levá-lo de volta à cidade para registrar para a recompensa.
   No Cook’s Sporting Goods, o irmão Branham apressou-se em direção a entrada enquanto os outros esperavam no caminhão. Sentado nos degraus estava um homem de idade, obviamente um caçador, com sua espingarda ao seu lado, e na passagem, o irmão Branham lhe perguntou:
“O torneio acabou? A recompensa já foi conquistada?” 
“Não”, o homem respondeu, “ainda faltam alguns minutos para acabar”. E exatamente quando o irmão Branham alcançou a porta, o homem acrescentou: “Por enquanto, a maior é a minha”.
   Instantaneamente o quadro mudou. O sentido de urgência desapareceu, e o irmão Branham voltou e eventualmente sentou-se próximo ao caçador. “Quão grande é o seu porco?”    ele perguntou ao mesmo tempo em que observava de leve a espingarda mutilada que estava deitada perto dele.
“É uma boa; cinqüenta libras”, ele declarou orgulhosamente.
   Vendo, mas não entendendo a razão do porque ele estava sentado nos degraus, ao invés de ir para dentro para registrar o maior porco que agora deitava na parte de trás da pick-up, os companheiros de caça do irmão Branham começaram eles mesmos a descarregar o animal. Porém um quase imperceptível balanço de sua cabeça os interrompeu, e, confusos, eles simplesmente pararam próximo ao caminhão e aguardaram, sem saberem o que fazer.
   Por algum momento, os dois homens na escada continuaram conversando até que finalmente o tempo para a competição havia expirado, e o caçador mais velho foi capaz de reclamar pela nova espingarda.
   Os companheiros de caça do irmão Branham não estavam totalmente contentes à medida que os três se dirigiam para casa sem o prêmio que eles sabiam que sua javalina (que pesava 60,5 libras) poderia facilmente ter conquistado.
“Você deveria ter reclamado o prêmio”, eles insistiram, “ e depois você poderia ter dado a arma ao outro homem, porém seu nome teria estado no livro dos recordes. Você tinha o maior porco!”.
“Sim, eu poderia ter feito desta maneira”, o irmão Branham admitiu, “e se um outro caçador tivesse exibido no último minuto um animal maior do que o homem de idade, eu teria registrado o meu e depois dado ao velho caçador o prêmio. Mas, sempre significará mais para ele, tendo conquistado isto por si mesmo”.
Este é exatamente o tipo de homem que William Branham foi.